José Eduardo Agualusa

José Eduardo Agualusa, nascido em Huambo, Angola, em 13 de dezembro de 1960, é um dos mais importantes escritores contemporâneos de língua portuguesa. Embora tenha estudado Agronomia e Silvicultura, Agualusa rapidamente seguiu o caminho das letras, consolidando-se como romancista, contista, cronista e autor de literatura infantil. Com uma percurso internacional marcado por residências em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro, Berlim e Amsterdão, a sua obra reflete uma perspetiva multicultural. O O seu primeiro romance, A Conjura (1988), lhe rendeu o Prêmio Sonangol Revelação, e desde então sua produção literária tem sido amplamente reconhecida e premiada. Obras como Nação Crioula (1997), vencedora do Grande Prémio de Literatura RTP, e O Vendedor de Passados (2004), que lhe rendeu o Independent Foreign Fiction Prize, consolidaram seu prestígio global. Em 2017, o romance Teoria Geral do Esquecimento venceu o International Dublin Literary Award, após ter sido finalista do Man Booker International em 2016. A sua escrita, que já foi traduzida para mais de 25 idiomas, aborda temas como a identidade, a diáspora e o colonialismo, e seus romances frequentemente mesclam personagens fictícias com figuras históricas, como a poetisa Lídia do Carmo Ferreira em Estação das Chuvas e a rainha Ana de Sousa em A Rainha Ginga. Agualusa também é autor de obras infantis e peças de teatro. Sempre ativo no cenário cultural, o autor beneficiou-se de diversas bolsas de criação literária, tendo vivido em Berlim e Amesterdão para desenvolver os seus romances. Entre seus outros trabalhos notáveis estão Fronteiras Perdidas e Barroco Tropical. É Defensor de que literatura é um meio de “colocar-se na pele do outro” e o seu romance mais recente, A Sociedade dos Sonhadores Involuntáriss (2017), uma fábula política com toques de humor, reflete sua habilidade em tecer narrativas críticas e profundas sobre a realidade social e política africana e mundial. Além da sua carreira literária, Agualusa é também jornalista e já colaborou com vários jornais, como o Público , em Portugal e O Globo, no Brasil.